Ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente Lula sofrem pressão pelos números desastrosos na saúde. Foto: Sérgio Lima/Poder360 |
Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira (08), o Brasil atingiu um recorde alarmante de mortes por dengue este ano. Com 1.116 óbitos registrados nas primeiras treze semanas de 2024, o país enfrenta uma situação sem precedentes.
Esse número representa o maior índice desde o início da série histórica em 2000, superando o recorde anterior de 1.094 mortes em 2023 e 1.053 em 2022. No mesmo período do ano passado, foram registradas 388 mortes, evidenciando um aumento significativo.
Além disso, os casos notificados de dengue também atingiram uma marca inédita, totalizando 2.963.994 registros até o momento. Em comparação, foram 589.294 casos reportados durante as primeiras treze semanas de 2023.
Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, previu que o país poderia chegar a 4,2 milhões de casos de dengue neste ano.
Apesar do cenário preocupante, o governo destacou que a maioria dos estados brasileiros já ultrapassou o pico de casos de dengue. Das 27 unidades federativas, oito apresentam uma "tendência de queda consolidada" e 12 permanecem em "tendência de estabilidade".
Porém, 11 estados decretaram emergência devido à dengue: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Poucas Vacinas
O Ministério da Saúde anunciou que conseguiu garantir apenas 5,2 milhões de doses da vacina da dengue da Takeda para este ano, com uma perspectiva de mais 9 milhões para o próximo ano. No entanto, não há previsão de aumento significativo para o restante deste ano.
A ministra Nísia Trindade destacou que, embora haja uma expectativa de oferta maior para 2025, a quantidade disponível é limitada. A campanha de vacinação contra a dengue não é uma solução imediata, sendo apenas uma medida de proteção a médio prazo.
A definição do público-alvo, de 10 a 14 anos, foi orientada pela OMS, e o Brasil é o único país que adotou uma campanha pública de imunização contra a dengue. No entanto, a quantidade limitada de doses disponíveis coloca desafios significativos na contenção da epidemia.
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