O governo federal apresentou, na última quarta-feira (03) a TV 3.0, uma iniciativa que visa transformar a forma como a televisão é consumida no país. Essa nova tecnologia substituirá os canais tradicionais por aplicativos que dependem de conexão com a internet. O projeto tem como objetivo modernizar a experiência televisiva, proporcionando uma qualidade de imagem superior, com resoluções de 4k ou 8k, e áudio imersivo.
O plano de implementação da TV 3.0 está previsto para iniciar em 2025 e terá início nas grandes cidades. No entanto, a transição enfrentará desafios significativos, especialmente no que diz respeito ao acesso à internet em áreas remotas. O governo reconhece que a universalização da internet é essencial para que a TV 3.0 alcance todas as regiões do país.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em novembro do ano passado, cerca de 91,5% das residências brasileiras já utilizam a internet. No entanto, ainda há aproximadamente 6,4 milhões de domicílios sem acesso à rede, principalmente devido a motivos como falta de conhecimento sobre o uso da internet, custo elevado dos serviços e indisponibilidade de conexão na região.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou a importância da inclusão digital para o sucesso da iniciativa. O governo está investindo cerca de R$ 28 bilhões em programas de inclusão digital e conectividade, visando levar infraestrutura de telecomunicações para todo o país. A transição para a TV 3.0 será semelhante à migração do sistema analógico para o digital, iniciada em 2007.
A TV 3.0 foi desenvolvida em colaboração com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), universidades brasileiras e parceiros da indústria e do setor de radiodifusão. Os testes e pesquisas começaram em 2021, com detalhes técnicos sendo definidos ao longo de 2022. O lançamento oficial da TV 3.0 está sendo discutido em um evento realizado no Ministério das Comunicações, em Brasília (DF), nesta quarta e quinta-feira (4).
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