Operação Rota do Rio mira expansão do Comando Vermelho e realiza ação em Búzios e Cabo Frio


Nesta terça-feira (21), a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou a Operação Rota do Rio, visando combater a expansão dos traficantes do Comando Vermelho (CV) para outros estados. A operação envolve 113 mandados de busca e apreensão, com ações concentradas em diversos estados, incluindo Minas Gerais, Amazonas e Pará, além do Rio de Janeiro. As informações são do G1.

Na Região dos Lagos, a Polícia Civil realizou operações em Armação dos Búzios e Cabo Frio. Essas localidades, conhecidas por suas belas paisagens e intensa atividade turística, foram alvos de buscas devido à suspeita de envolvimento com a rede de tráfico de drogas do Comando Vermelho. 

Só na cidade de Búzios, os agentes miraram um portal de notícias, uma produtora de shows e eventos, uma pousada e uma loja de bebidas. Um dos investigados em Búzios é considerado um dos principais alvos da operação, sendo apontado como responsável pelo núcleo da facção na cidade, com ligações financeiras expressivas e incompatíveis com a renda declarada. Na Região Serrana, houve cumprimento de mandado na cidade de Cordeiro.

A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) liderou as investigações, que revelaram a aliança entre a facção carioca e criminosos do Amazonas. Essa aliança permitiu ao CV controlar rotas estratégicas na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia, facilitando o tráfico de drogas. Após um racha em uma facção amazonense, um dos lados se aliou ao Comando Vermelho, reconfigurando as rotas das drogas pelo país. 

Do estado fluminense, saía o dinheiro para a compra de drogas nas áreas de fronteiras no Norte do país, e depois, os entorpecentes eram levados para o Rio de Janeiro. Um dos alvos dessa investigação teria movimentado mais de R$ 1,4 milhão, com muitos depósitos feitos de Manaus (AM).

A quadrilha utilizava um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, com pagamentos realizados a diversos laranjas e empresas de fachada, como frigoríficos. Em dois anos, essas facções movimentaram aproximadamente R$ 27 milhões através de atividades ilícitas. No Amazonas, um dos alvos foi Raimundo Pinheiro da Silva, ex-prefeito de Anamã, acusado de ser dono de um frigorífico utilizado para lavar dinheiro do tráfico. A polícia esteve na casa de Raimundo e apreendeu dinheiro e dois carros.


Alvos na capital e em Outros Estados

No Amazonas, um dos alvos foi Raimundo Pinheiro da Silva, ex-prefeito de Anamã, acusado de ser dono de um frigorífico utilizado para lavar dinheiro do tráfico. No Rio de Janeiro, os agentes focaram em áreas como a Avenida Atlântica, em Copacabana, além da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Fallet-Fogueteiro, onde ocorreram confrontos armados.

Durante a operação, policiais da 21ª DP (Bonsucesso) prenderam Juan Roberto Figueira da Silva, conhecido como Cocão, chefe do tráfico no Morro dos Prazeres, que estava foragido e possuía seis mandados de prisão em aberto.


Atualizado em 21/05 às 22h41para inclusão de novas informações.

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